Mostrando postagens com marcador Fábulas de Marcio Gil. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Fábulas de Marcio Gil. Mostrar todas as postagens

sábado, 14 de junho de 2025

O Jumento Alado e o Rei Leão




Autoria: Márcio Gil de Almeida

Conta-se que numa floresta, os animais tinham uma sociedade organizada. Nela havia uma organização social, política, econômica e jurídica. Era uma sociedade democrática com seus poderes legislativo, judiciário e executivo. Apesar que toda essa modernidade a magia jamais separou dela. Esta era a a sociedade dos animais daquela floresta.

A suprema corte daquela sociedade era formada apenas por coruja especiais e eram corujas que passavam por um processo muito rígido para ser juízes. Cada coruja tinha sua própria capa mágica que ajustava ao corpo de quem a levava, a mesma crescia ou diminuir o tamanho.

Certo dia, uma das corujas da Corte estava com muita fome e não conseguiu esperar anoitecer para caçar. Ao sair durante o dia ensolarado para caçar, os raios solares ofuscaram sua visão e a coruja chocou-se com um rochedo que a levou a morrer instantaneamente. A sua capa saiu a flutuar e pousou sobre os longos de um jumento. A capa automaticamente ajustou-se ao tamanho do jumento, mostrando toda sua imponência.

Para ser juiz da suprema corte seria necessário ser se coruja e passar pelo um grande processo de avaliação. O jumento não aceitou devolver a capa e por meio da força, tornou-se o primeiro juiz da Suprema Corte. Ele ficou muito feliz, andava saltitante, mostrava a sua capa e não parava de relinchar. Ficou tão feliz que colocou um nome para si mesmo: O Jumento Alado.

O Jumento Alado andava pela floresta e os outros animais não paravam de estranhar por ver um jumento ser juiz da suprema conte deles. O Jumento Alado não estava nem aí para eles e começou o seu trabalho de magistrado. Ora tomava decisões corretas e muitas vezes tomava decisões esdrúxulas.

O novo juiz, o Jumento Alado, aparentemente não tinha nada de burro. Vendo ele, ser único da sua espécie pertencente à corte, burlou as leis e conseguiu levar mais outro jumento. Esse jumento tinha uns olhos esquisito, parecendo olhos de morcego e tinha um costume muito estranho. Ele ficava diante das árvores coçando a cabeça, pensando que iria sair algo pontiagudo da sua cabeça... Ele coçava tanto que não havia mais pelo sobre a sua cabeça. Era um jumento careca.


O Jumento Alado ganhou fama e com a fama vinha, também, a fofocas. Conta-se até, que na beira da lagoa, o macaco, o sapo e a raposa falavam do estranho juiz. O macaco falou:

-Esse jumento juiz, chama a si mesmo de Jumento Alado. Mas, eu não sei não... O nome para ele parece ser mais apropriado: o Jumento Alegre.

A Raposa estranhou e o sapo só fazer ploc, ploc. A raposa falou:

-Explique melhor, macaco.
-Quando outro jumento fica perto dele, o mesmo fica todo feliz e arrepiado...
- Vocês não sabem é de nada...Disse a raposa. Antes dele viver entre nós. Este dito Jumento Alado vivia entre os homens. Ele era propriedade de um homem que ferrava os seus animais com ferro meio estranho. Esse ferro deixa marca nos animais como se fossem duas mãos humanas com nove dedos. É por isso que o nome dele quando chegou aqui, era o Jumento dos Nove Dedos.




Enquanto isso, o sapo só olhava e fazia ploc, ploc.

O Jumento Alado tinha o maior orgulho do seu relincho. E por isso ele ia aos lugares mais altos da floresta e relinchava até cansar. Ele fez alianças políticas com políticos nem um pouco bem vistos e com interesses excursos e os mesmos tinham o nome sujo na Corte Suprema.

Tudo ia muito bem nos projetos do Jumento Alado. Até que, em uma das eleições para supremo líder da nação, foi eleito um animal diferente : um leão. E todos os chamavam de O Rei Leão. Os animais adoravam aquele novo líder. Ficaram apaixonado pela juba e do rugido daquele leão. Isto trouxe uma grande inveja e uma indignação muito grande da parte do Jumento Alado.

O Jumento Alado passou a tramar contra o Rei Leão, para tirá-lo do cargo e ainda destruí-lo. E não apenas o Rei Leão, mas a todos quantos estivessem do lado do mesmo. O Jumento Alado fazia todo tipo de conspiração política e jurídica contra o leão e a crise se tornou cada vez mais acirrada, a ponta dos animais da floresta se juntarem com Rei Leão para defendê-lo.

Passado o tempo, O Jumento Alado, acreditou que estava vencendo a guerra contra o Rei Leão. Então, ele foi até a presença do rei Leão para escarnecer ou perante toda a população. O Jumento Alado, relinchava sem parar na frente do Rei Leão, com movimento ameaçadores e declarando a sua vitória sobre ele. O Rei Leão estava assentado com tranquilidade ao lado da sua amada esposa, a Leoa. Ele levantou, deu um grande rugido e com só um movimento, deu uma patada no jumento, que o mesmo caiu morto ao chão.

Moral da fábula:

Jumento alado que relincha na frente do leão,
Conhecerá o rugido e a pata do leão

Jumento alado que enfrenta leão, 
Comida será na boca do leão.

Acesse outras Fábulas/Ilustrações

Veja  obras de Marcio Gil de Almeida em forma de e-book:

1. Fábulas I
2. Fábulas e Ilustrações no Capricho
3. Sermões edificantes I
4. Sermões edificantes III
5. Revelação de Levítico I
6. Revelação de Levítico II
7. Revelação de Levítico III
8.Universidade para Pais



Contribuição voluntária e sem valor determinado.

Marcio Gil de Almeida
Pix 73982455883


Canal de Vídeo

Marcio Gil de Almeida 



quarta-feira, 30 de abril de 2025

Natureza de Cobra - Fábula


Conta-se que em certa floresta, havia um número extraordinário de cobras. Estas cobras resolveram eleger uma rainha para elas. Ao passar o tempo,  a Rainha das cobras  resolveu fazer um grande banquete em festejo do seu aniversário.  Ora! Quando se fala em banquete muita comida é necessária. Então, a Rainha das cobras ordenou que todas as cobras formassem um grande circulo e aos poucos fossem fechando para capturarem animais pequenos com finalidade de usarem no banquete. Pois bem, o ciclo foi fechando e aprisionando  todos os animais de pequeno porte e  agradáveis ao paladar das cobras.

As cobras estavam felizes, mas, algo extraordinário aconteceu. Um animal de grande porte, um animal mágico e chamado de Unicórnio, estava dentro do círculo. Daí iniciou um diálogo entre o Unicórnio e a Rainha das cobras.

-Deixa-me sair do círculo. Disse o Unicórnio.
-Não vamos deixar você ir embora. Afirmou a Rainha das cobras.
-Eu sou demasiadamente grande para me comerem. Deixa-me ir. Disse o Unicórnio.
-Nós não vamos deixar você ir embora por que temos o prazer de matar, o prazer de ver a morte, afirmou a Rainha das cobras.

Então unicórnio insistiu...

-Mas, vocês sabem que eu sou um animal mágico? Que toda a floresta depende de mim? Que a floresta irá sofrer muito? Os animais irão sofrer enormemente e muitos sofreram pela fome que virá? Indagou o Unicórnio.
- Nós não nos importamos com isso. É a nossa natureza. Afirmou a Rainha das cobras.
-Você sabe que, quem mata um Unicórnio será amaldiçoado? Questionou o Unicórnio.
-Nós, não nos importamos com isto. Afinal de contas, nós já somos amaldiçoados. Nós, não nos importamos com maldição alguma. É a nossa natureza. Finalizou a conversa, a majestosa Rainha das Cobras.

Nas árvores haviam aves que assistiam o diálogo. Estas aves, muito preocupadas, clamaram pela libertação do Unicórnio. Todavia, as cobras disseram que "não".

Então, as cobras, às suas centenas, atacaram e mataram o animal mágico, o Unicórnio. Naquele instante, nada aconteceu e parecia que nada iria acontecer. Entretanto, passando alguns dias, a floresta e os animais sem proteção foram atacados por magias malignas e por seres que tinham a missão de destruir a floresta. A aflição da fome alcançou a todos os animais e muitos morreram. As cobras ao verem a destruição e a morte de muitos, não se importaram, pois assim era a sua natureza.

Moral da Estória

Cuidado com as pessoas que têm a natureza de cobra. Nos seus interesses não há escrúpulos, não há piedade, só há o egoísmo e a sua vontade insana.

Quem tem a natureza de cobra, não se importa com a verdade, com a justiça, com o sofrimento alheio e nem com as consequências dos seus atos. Elas são o que são e o que importa é alcançarem os seus objetivos e o que mais gostam, controlarem a todos.

Autoria: Márcio Gil de Almeida

Veja  obras de Marcio Gil de Almeida em forma de e-book:

1. Fábulas I
2. Fábulas e Ilustrações no Capricho
3. Sermões edificantes I
4. Sermões edificantes III
5. Revelação de Levítico I
6. Revelação de Levítico II
7. Revelação de Levítico III
8.Universidade para Pais



Contribuição voluntária e sem valor determinado.

Marcio Gil de Almeida
Pix 73982455883


Canal de Vídeo


Marcio Gil de Almeida 

sexta-feira, 21 de março de 2025

Fábula: O Fim do Disco Vinil (Audio)




Conta-se que numa casa muito chick. Lá havia os melhores móveis, o melhor aparelho sonoro e em destaque uma instante no centro da grande sala com um enorme numero de discos vinis. Então, certo dia, um disco vinil, incomodado com um dos discos que estava arranhado, falou o seguinte:

-Senhores, nós sabemos que aqui está a elite dos discos vinis. Estou envergonhado com o nosso companheiro que está arranhado. Ele pertence ao nosso grupo e isto é inaceitável. Temos que fazer alguma coisa.

Todos os discos ficaram em alvoroço. Desta forma iniciaram uma grande reunião. Elegeram o disco vinil que tinha por nome Sr. Excelente para presidir a assembléia. O disco Sr. Excelente disse:

-Companheiros, a situação é grave. Temos que estabelecer critérios para manter a nossa posição de elite.

-Não pode haver nenhum disco em nosso meio com ruído ou muito menos com arranhões que façam a Srª Agulha deslizar de um lado para o outro sobre o mesmo. Afirmou o disco Sr. Muito Bom.

-Temos que antes de querer expurgar amigos de tantos tempos, devemos usar outros meios para recuperá-los. Gritou o disco Sr. Misericordioso.

-De jeito nenhum podemos correr este risco. Temos que nos manter no padrão da excelência. Conclamou o disco Sr. Status.

Então, criaram critérios tão rígidos que nem um se quer ruído poderia ser ouvido de um Disco Vinil. Elegerem, também, a Srª Agulha como juíza sobre todos. Deram autoridade para ela em dar destino para os discos que não estivessem dentro do padrão e a entrar em contato direto com os humanos para as devidas providências.

Conforme a autoridade da Srª Agulha, todos os discos arranhados foram expurgados de uma só vez. E isto trouxe muito alegria para os idealizadores da lei. Só que eles não imaginaram que a Srª Agulha iria continuar trabalhando. A Srª Agulha seguiu ao pé da letra os critérios estabelecidos e continuou a expurgar os discos que tinham algum ruído. Os discos vinis começaram a reclamar... Só que já era tarde de mais, pois o disco Sr. Status foi expurgado com vinte ruídos, o Sr. Muito Bom, com cinco ruídos e o Sr. Excelente com apenas um ruído.

A Srª Agulha recomendou aos homens que se fabricassem uma versão melhor do disco vinil e daí surgiu o CD. E para a surpresa da Srª Agulha, ela também foi excluída porque não servia mais pra os novos discos. Os CDs são lidos por um mecanismo que utilizam lasers.


LIÇÃO

Muitos se consideram superiores às demais pessoas, os tratam mal, os humilham e os descartam. Só que eles se esquecem que do mesmo jeito que eles descartam os outros, chegará o seu dia que também serão descartados. Ninguém é insubstituível. A melhor opção é fazer amigos, ser ético e cumprir a obrigação. Quem trata bem o próximo, encontrará no futuro uma mão amiga.


Autoria de Marcio Gil de Almeida



Veja outras obras de Marcio Gil de Almeida em forma de e-book:

1. Fábulas I
2. Fábulas e Ilustrações no Capricho
3. Sermões edificantes I
4. Sermões edificantes II
5. Sermões edificantes III
6. Revelação de Levítico I
7. Revelação de Levítico II
8. Revelação de Levítico III
9.Universidade para Pais


Contribuição voluntária e sem valor determinado.

Marcio Gil de Almeida
Pix 73982455883


Canal de Vídeo

Marcio Gil de Almeida (You Tube)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

O Reino dos Urubus (fábula)

                                          Se preferir pode ouvir o áudio


O Reino dos Urubus (fábula)
Certa vez, o Urubu Rei, muito insatisfeito com sua vida, disse que não se conformava com a atitude dos outros animais para com a sua espécie. Ele ficava indignado com a expressão facial dos demais animais. A demonstração de nojo para com os urubus era patente. Estar perto de um urubu significava que algo ruim iria acontecer, e aguentar o mau hálito dos urubus era impossível.
            O Urubu Rei tomou uma decisão. Convocou os companheiros e declarou: Vamos mudar a nossa imagem para sermos aceitos pela bicharada.  Para isto vamos mudar nosso hábito alimentar.
Então, houve no Reino dos Urubus uma mudança radical: mudou a imagem perante outros animais, trouxe vantagens e desvantagens. Os urubus passaram a caçar, e de nojentos, foram transformados em temidos.  E não apenas isto, ganharam inimigos que procuravam oportunidades para atacá-los, pois concorriam no mesmo tipo de alimentação. Passado algum tempo, houve uma reunião e os súditos do Urubu Rei reclamaram que muitos companheiros foram mortos por outros animais.  Diziam:

- Antes, ninguém se interessava por nós e não éramos comidos. Agora, nós também viramos comida. Outra reclamação está com o novo tipo de comida, ela é menos abundante devido à alta concorrência, isto sem falar que caçar é exaustivo.  Perdemos a paz e as carniças estavam se perdendo porque ninguém as queria comer. Estamos com saudades da antiga vida.

O Urubu Rei percebeu que o seu reino estava sendo destruído e resolveu deixar a “boa imagem” de lado e voltaram ao antigo hábito alimentar. Afinal de contas, comer carniças tem muito mais vantagem.


Moral da história:

Não há sabedoria em se viver de  “boa imagem”.
        Não existe coisa melhor do que sermos o que somos.
        A sabedoria nos leva a simplicidade.
       
Autoria: Marcio Gil de Almeida


Contribua com o meu trabalho para que me ajunde. Esta ajuda é voluntária, sem valor determinado e ficarei muito grato. Deus te abençoe!

Marcio Gil de Almeida
PIX 73982455883



Canal de Vídeo

Geografia Hoje

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

O REINO DOS MACACOS



Conta-se que a milhões e milhões de anos atrás, havia outra civilização que era dominante no planeta Terra: Era o Reino dos Macacos. Um reino mágico onde tudo era possível. Todas as coisas viviam em harmonia. Era o céu que homens sempre desejaram. Mas, o que aconteceu para este reino não mais existir?

Os macacos viviam em árvores mágicas. Cada galho tinha um poder especial e contribuia para o bom funcionamento da civilização. Tudo ia muito bem, até que um dia, um macaco chamado Qatsar enfadou-se de fazer as mesmas coisas e queria sair do seu posto, ou seja, do seu galho mágico. Ele era responsável por manter o controle do clima. Queria mudar de função, mas o Conselho do Reino dos Macacos que era formado por grandes sábios,  disseram para o Qatsar que o treinamento demorava dez anos para uma mudança de função e que tinha de voltar para a escola. Ele não concordou que precisava voltar para a escola e retornou para o seu galho. Certo dia, imprudentemente, conseguiu convencer o macaco Zestos para uma pequena troca de galho. Zestos cuidava do galho que dominava os vulcões.  Então, cada um subiu em seu novo galho, e tudo ia muito bem. Todavia, um imprevisto aconteceu e como não tinham participado da capacitação (treinamento) que envolveria as novas funções,  causaram uma grande explosão e todo Reino dos Macacos fora destruído.

Quem me contou esta estória foi o único sobrevivente. O nome deste macaco é Sariyd.  E devido ser o único sobrevivente e não querendo que isto aconteça com os seres humanos, ele mandou um recado: 

CADA MACACO EM SEU GALHO.

Glósário

Qatsar  que significa  impaciente- ser impaciente, estar aborrecido, estar desgostoso.
Zestos  que significa – muito quente.
Sariyd que significa sobrevivente,  restante, resto.


Teólogo e Pedagogo
05/07/2015




Contribua com o meu trabalho para que me ajunde. Esta ajuda é voluntária, sem valor determinado e ficarei muito grato. Deus te abençoe!

Marcio Gil de Almeida
PIX 73982455883



Canal de Vídeo

Geografia Hoje

sábado, 14 de dezembro de 2024

Amizade de Serpente

 

Marcio Gil de Almeida
Teólogo e Pedagogo


Dizem que no ZooMatinha de Itapetinga uma  serpente filhote, chamada Apetitosa, conheceu uma ratinha, também filhote, chamado de Confiança. Elas se tornaram grandes amigas, conversavam muito e compartilhavam os sonhos da vida. 
A ratinha confiança perguntou:

- Amiga Apetitosa, qual o seu maior sonho?
-Ser mãe, ter minhas crias... E você?  Falou a serpente.
- Ser amiga sua durante toda a minha vida. Respondeu a ratinha.

 Ninguém percebia o que acontecia por que a ratinha entrava na morada da serpente por um buraco difícil de ser visto. A serpente Apetitosa  e a ratinha Confiança cresceram...Um belo dia a serpente Apetitosa estava gravida e ninguém sabia. Naquele dia o tratador colocou a quantidade normal de comida para a nobre serpente. Ela comeu com muita vontade e quando terminou, ainda continuava com muita fome. De repente, apareceu a ratinha Confiança e sem que desse tempo da ratinha falar qualquer coisa, a serpente Apetitosa em um só movimento comeu a grande amiga. Naquele memento a natureza de serpente  prevaleceu e quando ela percebeu o que tinha feito, já era tarde de mais.

LIÇÃO

Não faça amizade com serpente, pois o seu fim pode ser o mesmo da ratinha Confiança.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

O Boi da Praça

O Boi da Praça é uma fábula da minha autoria, Marcio Gil de Almeida. Ela explica o surgimento dos monumentos tradicionais que estão na Praça Dairy Walley em Itapetinga.



Teólogo e Pedagogo

Em Itapetinga, uma das praças, chamada Dairy Walley, desde a minha infância é apelidada de Praça do Boi. O motivo para tal apelido são as estátuas impressionantes de um boi, duma vaca e do seu bezerro.

Certo dia assentei-me em um banco para ver mais de perto as estátuas, passei a  ficar deslumbrado com tal arte e em especial a do boi. Deixei escapar uma pergunta: Será que existe uma estória por detrás deste boi e da sua família? Foi quando a praça impregnada de pardais, um momento fabuloso aconteceu. Um pardal, que se identificou com o nome de Fabulino, voou de uma árvore, posou em meu ombro e disse-me:

-Você quer saber a estória deste boi?

-Claro que sim...Respondi para o pardal Fabulino.
-Vou contar o mistério que há. Vou dizer-te o que homem algum sabe. Falou com entusiasmo o pardal Fabulino.
-Conte-me depressa. Disse eu para o pardal Fabulino.

Então, o pardal Fabulino começou cantar a estória com muita alegria contagiante:

- Há muito tempo um boi chamado Zebu, tinha a sua companheira e seu bezerrinho. Ele tinha amizade com um índio da Tribo dos Camacãs. Numa das conversas, o boi afirmou:
- Eu tenho um grande sonho.
- Qual o seu grande sonho? Perguntou o índio.
- O meu sonho é marcar a estória. Quero ser lembrado por muitas gerações. Disse o boi Zebu. 
- Tenho a solução para você. Ela é mágica, perigosa etc. Somente os fortes e os firmes podem alcançá-la. Afirmou o índio Camacã

O boi Zebu ficou ansioso para saber do que se tratava e disse:

- Conta-me logo que não aguento de tanta ansiedade.
-Existe um mistério na Mata Atlântica. Em um local especial, pois lá tem, segundo a lenda, uma pedra branca mágica, quem sobe nela o seu espírito vai para um lugar no além que só os heróis vão. E ainda mais ,o seu corpo é mantido conservado para várias gerações, sendo uma mensagem de firmeza e de força nos seus propósitos. Narrou o Índio Camacã.

O boi Zebu ficou maravilhado e decidiu ir encontrar a Pedra Branca mágica. Só tinha uma coisa que estava lhe impedindo, a sua família. Ele não a queria deixá-la. Então, a família decidiu partir com ele na mesma missão, eram firmes e fortes. Foi esta família que inventou o grito: TERRA FIRME E GADO FORTE.

Passado algum tempo procurando a Pedra Branca mágica decidiram ser heróis. Primeiro foi a companheira do boi Zebu, depois o filhote e por último, o próprio Zebu. O Bezerro queria ficar na sua posição preferida, por isso, assentou-se.

Durante muito tempo, eles foram esquecidos na Mata Atlântica. No entanto, quando a cidade começou a ser construída a família bovina petrificada foi encontrada na Mata Atlântica e ninguém sabe como foi parar lá ou quem a fez. Eles acabaram colocando o Boi Zebu e sua família no centro da  cidade. Lugar de destaque, na Praça Chamada de Dairy Walley.

Esta foi a estória contada pelo pardal Fabulino para que eu ficasse sabendo da verdade, desta forma quero que  fiquem conhecedores.

Contribuição voluntária e sem valor determinado.

Marcio Gil de Almeida
Pix 49981919500


Canal de Vídeo

Marcio Gil de Almeida (Cos.Tv)
Files Educação
Palavra para Cristãos

Blogs:
Palavra Para Cristãos
Files Educação 




sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Assembleia das Árvores

 Por Marcio Gil de Almeida

As árvores estarrecidas e chocadas pela destruição implacável e mortes de muitas de suas irmãs e da estupidez dos filhos de Adão. Resolveram que deveriam reunir e conversar sobre o assunto. Nesta reunião, a tristeza, a dor, a desolação e a revolta eram patentes no ambiente discursivo. No ano de 1950, no dia vinte e um, do mês de setembro, foram registrados na ata da Assembléia das Árvores, os ocorridos.

O Cajueiro estava revoltado e agitava-se de um lado para o outro. Em meio tanta agitação, os seus galhos entrelaçavam e produziam ruídos, e aí falou em alta voz para toda a floresta ouvir:

- Vamos amigas promover um movimento revolucionário! Vamos iniciar uma guerra contra os filhos de Adão! Eles respiram o ar que nós purificamos, bebem da água que nós preservamos, comem do nosso fruto, se perfumam com as nossas flores, e são curados com as nossas folhas e raízes. Apesar disto tudo, eles nos derrubam, destroem e nos matam. Até quando vamos permitir tal horror?

Uma grande árvore, o Pau Brasil, alça os seus galhos e pede a palavra.

-Irmãs, não devemos entrar em guerra contra os homens, pois certamente vamos  ser derrotadas.

-Nós somos mais fortes do que eles, certamente vamos prevalecer, disse o Açaizeiro.

-Devemos entregar para Deus e ele vai resolver o problema, disse o Maracujazeiro.

-Deus presenteou com o livre arbítrio para os homens e já mostrou para eles que a natureza geme. No entanto, eles não dão ouvido, disse a Macieira.

De repente, um arbusto invade a reunião gritando em desespero, já quase sem fôlego e dá as novas e más noticias:

-Os filhos de Adão estão avançando em nossa direção com os monstros infernais, máquinas da destruição! Elas derrubam e arrancam as árvores. As novas e as velhas árvores são cruelmente esmagadas. Certa amiga, a jovem Goiabeira, estava cheia de pequenos frutos e fora destruída de uma forma implacável! Amigas, ela não tinha dado a sua primeira safra, era jovem e tinha muito a dar.

-Vamos amigas temos que reagir, disse o Cajueiro.

Então, se prepararam para a guerra. Quando os homens chegaram, as árvores não se conteram e reagiram fortemente. O resultado desta guerra não foi agradável. E desta forma aconteceu a destruição. Os homens eram os mais fracos, todavia, ganharam a guerra porque os monstros lhes eram favoráveis.

Talvez vocês não saibam, mas quem me contou esta história foi a última árvore, o Pau Brasil, duma cidade chamada Pau Brasil, dum país chamado Brasil. Este último Pau Brasil enviou-nos a seguinte mensagem:

“Os filhos de Adão desobedecem a Deus e ao destruírem as árvores, trazem grande mal para si. Sem árvores, sem ar e  água de qualidade, sem perfume, sem saúde e sem fruto. Desta forma, o homem está destinado à implosão existencial. Os filhos de Adão estão ficando sem árvores e sem vida. As árvores estão guerreando pela sobrevivência. Elas estão perdendo e os homens pensam que são vencedores. Todavia, o espelho do bom senso tem revelado que sem as árvores são seres destinados à morte pela própria estultícia. No dia 21 de setembro comemora-se o dia da Árvore e nós não queremos piedade, queremos respeito.”



Acesse outras Fábulas/Ilustrações