sábado, 3 de outubro de 2020

Violência contra os Professores

 

"Na enquete da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana.
Trata-se do índice mais alto entre os 34 países pesquisados - a média entre eles é de 3,4%. Depois do Brasil, vem a Estônia, com 11%, e a Austrália com 9,7%" (http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/08/140822


"Em 2011, segundo dados do Ministério da Educação, quase 4,2 mil professores de português e matemática da 5.ª e da 9.ª séries da rede pública e privada de ensino fundamental contaram ter sido agredidos fisicamente por alunos dentro das salas de aula, nos corredores ou na saída dos colégios."(http://opiniao.estadao.com.br/noticias/





Um delinquente disfarçado de estudante, resolveu agredir física e moralmente a um professora. Isto me dar uma repulsa. Isto, no meu modo de entender, é culpa dos movimentos progressistas que influenciaram a destruição da moral e dos bons costumes da nova geração. Influenciaram nas leis, na pedagogia, na gestão escolar e nos meios de comunicação. O professor virou zé ninguém... Nem os professores defendem os próprios professores. Os sindicatos não podem defender por que defendem ideologias progressistas; que de progressistas só têm o nome. Bastou a esquerda dominar o país que os professores passaram pelo processo de destruição da sua autoridade. Antes mesmo de estarem no governo, já haviam formado uma cultura progressista que andava nesta direção. Basta dizer que no início afirmavam que um professor não poderia ter uma plataforma que o colocasse em um nível(altura) um pouco maior que os alunos.Colocaram os professores no mesmo nível do alunos e hoje já estamos abaixo do nível dos mesmos. A pedagogia contribuiu para isto:

1- Os professores não ensinam, eles contribuem para construção do conhecimento do aluno;



2- A disciplina não deve ser tão rígida, como se fosse um regime militar. Eles devem ficar à vontade, ser livres, com o fim de proporcionar uma autonomia. Tudo numa cegueira que parece não ter limites



3- No espaço da educação os únicos que têm direitos são os alunos, professores não possuem direitos. Por isso, ninguém se move para proteger os professores. Professores sofrem todo tipo de violência. Há professores que estão doentes, outros morrem como consequência do trabalho altamente desgastantes e há outros que saem da sala de aula por que não conseguem mais trabalhar. Os professores estão abandonados e ninguém levanta a bandeira em defesa dos mesmos..



4- O problema da má qualidade da educação já tem um culpado automatizado: OS PROFESSORES. Quando querem resolver o problema da má qualidade da educação, ouvem os especialistas, os políticos, os militantes e etc. Mas, os professores que estão no dia a dia, não são ouvidos, ou fingem ouvir e não os atendem. Para resolver o problema da educação são necessárias medidas básicas que deem aos professores as condições de trabalho, não é necessário nem escola o dia todo.


5- Quando os professores encontram problemas em sala de aula como hiperatividade, indisciplina etc. Logo dizem "o professor não  tem didática atraente". Desta forma negam que o principal é o vim a escola para estudar e não para bagunçar, agredir colegas e até professores. Os alunos tem que ter a posição dele de aluno, independente do professor. O professor não deve ser um superstar das didáticas, um ser que vive para ter o seu trabalho em estado constante do EXTRAORDINÁRIO. O professor não pode ser professor-show em toda aula. O dia a dia em sala de aula exige do aluno e do professor o básico: responsabilidade, compromisso, foco e disciplina. E são as regras a serem postas/cumpridas e as consequências da  quebra do contrato do ser-aluno, deve ser colocadas em prática as consequências. Didáticas diferenciadas devem servir para  enriquecer e não para ser o  centro de 200 dias aula/ano. Se for o contrário, não tem ninguém que aguente. 

Os professores precisam sair da defensiva e serem mais pro-ativos.


Marcio Gil de Almeida
Texto escrito - 2017

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